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A governadora do Maranhã e pré-candidata à Presidência da República pelo PFL, Roseana Sarney, desafiou todos os candidatos a justificarem como estão conseguindo o dinheiro de suas campanhas. Em discurso realizado nesta sexta-feira, dia 22, na cidade maranhense de Pinheiros, Roseana disse que o dinheiro apreendido no último dia 1º pela Polícia Federal na empresa Lunus, havia sido arrecadado pelo seu marido, o empresário Jorge Murad, para sua campanha.
Ela, entretanto, não revelou a origem da quantia e disse que nem sabia de sua existência.
Na quinta-feira, dia 21, Roseana já havia confirmado a versão de que o dinheiro era destinado a sua campanha. Na ocasião, a governadora também disse considerar "hipócrita" o político que não assume que "campanha se faz é assim", com dinheiro. A legislação eleitoral, no entanto, não permite que doações sejam arreacadas antes do dia 6 de julho, início oficial da campanha.
Roseana aproveitou o discurso desta sexta para atacar o governo federal e o candidato tucano à Presidência da República, José Serra. Ela comparou o apoio dado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso a Serra ao regime militar:
– Pelo jeito que as coisas vão seria mais fácil o presidente baixar um AI-6, nomeando seu candidato preferido como presidente do Brasil, afirmou a governadora, em referência ao AI-5, ato institucional do presidente Costa e Silva, de 1968, que fechou o Congresso Nacional e suprimiu os direitos políticos dos brasileiros.
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